sexta-feira, 29 de junho de 2012

O Curioso

quieta
quase não fala
eu, que sempre fui são
ando de um jeito
que é só confusão
em minha frente
um quebra-cabeças
um cubo mágico
um enigma
é quase trágico
eu não resisto ao desafio
mas dependendo, esfrio
não é justo que as peças se escondam 
eu consigo imaginar lá pra frente
nós caminhando juntos
corações quentes
eu sei que peças existem
só não consigo encontrá-las
não devem estar longe
vou mergulhar nesse rio de águas turvas
e buscá-las
toda a confusão há de passar
o preto e branco vira colorido
assim que tudo se encaixar.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

17 horas

em meio a tormenta ela se faz
trazendo à minha vida confusão
abrindo com seus olhos os portais
levando-me a outra dimensão

das minhas madrugadas tomou conta
desenhando a história que protagonizamos
mostrando que a parte do iceberg que enxergamos
na verdade, é só a ponta

eu que não sou platonista
me pego em meio a um nirvana
mas que situação insana!
um quadro surrealista.

quem você pensa que é?
distantes são nossos lares
estou considerando viajar a pé
para não ficar sonhando em outros ares.


as portas estão entreabertas
dá pra ver uma luz ao fundo
estou cheio de um vazio, pequena.
na cabeça, milhões de coincidências
que me fizeram estar aqui
no alto de um trampolim
sem enxergar o que tem em baixo
só fumaça
e as cores de uma noite incendiada.
assim são as nossas madrugadas.
dormindo juntos à distância.
que discrepância.
é tudo e nada.